Por Rodrigo Braga
O Catarinense 2011 fechou neste domingo a terceira rodada do turno. E já é possível tirar algumas conclusões. Vejam aí se concordam comigo:
No quesito decepção, seria moleza apontar o Avaí, mas para mim, de fato, a grande decepção até aqui é o Joinville. Suou para vencer o Brusque na estréia (os brusquenses reclamaram muito da arbitragem), e depois lavou aquela trauletada do Figueirense no Scarpelli. Neste domingo, jogando na Arena, foi dominado pelo Marcílio Dias, que mereceu a vitória por 2 a 0, a primeira na competição. O JEC em nenhum momento poupou titulares, como o Avaí, e claramente tem problemas extra-campo. Não me admira, portanto, que o técnico Leandro Machado tenha inaugurado a lista de demitidos no Estadual.
O Avaí complicou-se no turno. Fez uma opção legítima por priorizar a pré-temporada do grupo principal, visando ao restante da temporada. Só que a garotada foi muito mal, forçando a antecipação da estréia do grupo principal neste domingo. E aí, numa tremenda fria, o Leão foi presa fácil para o Tigre no Heriberto Hülse. Ressalto que perder para o Criciúma lá não é demérito pra ninguém, portanto o resultado é normal. Mas o Avaí foi mal, visivelmente sem ritmo, e ainda pra completar o goleiro Zé Carlos falhou nos dois gols do Tigre.
Lanterna com três derrotas, só com uma arrancada fantástica daqui por diante ainda brigará por alguma coisa no turno. Ou seja, provavelmente terá que apostar tudo num título do returno, se é que ainda quer o tricampeonato estadual (e obviamente quer).
O Figueirense comprova a condição de favorito até aqui. Duas goleadas em casa e a liderança no saldo. Se é cedo para falar em resultados, não é para dizer que o alvinegro está jogando o melhor futebol, com um time rápido e insinuante, com vocação ofensiva. E, como eu já havia cantadoa pedra antes de o campeonato começar, o jovem Breitner já botou o experiente Fernandes no banco. Seria questão de tempo.
Metropolitano e Chapecoense aproveitaram bem a esperada condição dos chamados pequenos de largarem melhor, com melhor prepração física e entrosamento. Lideram, ao lado do Figueira, com sete pontos. Neste domingo, o time de Mauro Ovelha perdeu os 100% de aproveitamento e teve muita dificuldade para empatar com o Imbituba no Sul do Estado, mas já mostrou que brigará na parte de cima da tabela. Já o Metrô venceu a segunda seguida. Voltou a mostrar qualidade nos 2 a 0 sobre o Concórdia. E não foi só pelo fato de o atacante Jonatas ter marcado os dois e chegado aos quatro na ponta da tabela de artilheiros, ao lado do brusquense Téti. O time de Joceli dos Santos (outra vez) encanta no conjunto, com bons jogadores nas posições cumprindo exatamente o que ele pediu. O Metrô animou a torcida, que já quer sonhar com algo mais que a vaga na Série D do Brasileiro. E o time vai mostrar se pode ou não oferecer isso nos próximos jogos, quando enfrenta, na sequência, Chapecoense, Avaí e Criciúma. E tem ainda a lamentável questão do Sesi.
O clube decide nesta semana se poderá jogar ou não no estádio nas rodadas finais e numa eventual fase final de turno.
O Criciúma tem time para brigar pelo título. E ele ainda está sendo reforçado.
O Brusque foi corajoso no Scarpelli, até por isso tomou cinco. Mas precisa arrumar algumas coisas para confirmar a condição de time que quer brigar na parte de cima da tabela. A defesa, por exemplo. Mas uma coisa precisa ser ressaltada: até aqui só pegou times apontados como favoritos (JEC, Avaí e Figueirense). A tendência é de subida daqui por diante.
O Marcílio Dias mostrou que tem a chamada “vergonha na cara” na vitória sobre o JEC. Após muitas críticas, jogou sério, teve méritos na vitória. Reforços ainda vão chegar, o que dá mais ânimo ao torcedor rubro-anil. Seguir brigando dessa forma, o Marcílio certamente não ficará brigando lá embaixo.
Concórdia e Imbituba, apesar de alguns bons momentos, se consolidam como candidatos ao rebaixamento.